Caias do ninho pássaro contente
Largue esse nicho de segurança e privacidade
Saiba que enquanto preserva sua serenidade
O mundo está abarrotado de vingança e malicias
(digo isso a mim mesmo para que, quem saiba, surja algum efeito)
Digo a mim mesmo, mas não nutro esperanças de surtir efeitos
(eliminemos os problemas causísticos)
Minha realidade, de proletário que se vê como burguês, não permite apiedar-me das criancinhas.
No que há de obscuro do espelho,
Vejo que não me importa a vida alheia,
Se essa não me provê de alguma forma.
Vejo que meu Eu é como uma corja
Sugador, aflito por qualquer sobejo.
No fundo, sinto que não falo a verdade.
A verdade é demais para mim;
Não ouso cantá-la, pensá-la, que dirá senti-la
Palavras duras não são o suficiente para dizê-la
Palavras dóceis nem sequer raspam-lhe a superfície
O espelho não me conta o que não ouso saber,
No entanto me diz: quase não és humano!
Mas não se aflija que isso é comum entre os Homens.
brilhante! è o novo drummond!!!melhorado! ate consegui escuta-lo declamando...